sábado, 25 de maio de 2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
CONVITE
Quando o passado impede que você tenha planos, e que o
presente significa viver mais, pois, o amanhã chegará mesmo que você não anseie
por ele, é melhor deixar os ontens no ontem, sonhe, viva, pense... DEPOIS DE ONTEM... UM NOVO AMANHECER
quinta-feira, 23 de maio de 2013
VILHENA, E OS OUTROS?
FOTO: foto reprodução:https://www.facebook.com/photo.php? fbid=309054529228424&set=o.168260719944295&type=1&theater
VILHENA, E OS OUTROS?
Estava frio. O homem insistia em ser o último a mudar os passos pela rua.
Os planos eram leves, pesados eram os sonhos. Olhava os prédios renascendo, as
esperanças lhe acendiam a vida. A convivência? Morria como morre o tempo. No
minuto em que se nasce começa-se a morrer. O seu coração recortava as paisagens
poucas de uma rua que estava dentro dele. Daí a vida. O que fazer com ela? Ao
mesmo tempo em que se deixava diluir por lembranças que nem eram tão distantes,
ajuntava os pedaços do retrato de uma via que jamais passaria pelo tempo sem
deixar uma estrada dentro de si. O homem ultrapassava os postes, nos passos, os
movimentos de quem não tinha pressa. Perdia-se observando os prédios nascendo
em lugares sem planos. A contramão da rua alta, a caminhada certa na rua baixa,
o contraste o levava para casa. Como chegaria o homem? Nem tão alongado o
tempo, era um menino. Menino como a menina rua que lhe encanta os olhos e enche
de orgulho. A sua origem. Agora tem cores verdes, cores amarelas, cores
vermelhas, cores verdes que o permitem chegar. Tem prédios altos, prédios
baixos, construídos e construindo, como o homem e o tempo. Somos construídos
aos poucos, estamos sempre necessitando reformas. Nascendo como nascem os dias
em busca do sol. De esquinas inesperadas surgem pessoas, que passam sem
conhecer a rua que os pés tocam. O frio propõe o silêncio calvo de uma noite em
que a rua conversa com o homem. A rua espicaça o olhar do moço numa noite fria.
Respingam das paredes as luzes que o fazem sorrir. Na praça. As névoas pintaram
descidas para um passeio. O olhar do homem semelhou passear com elas. Estava
frio. Os pés gelados, as mãos frias empurrando uma bicicleta. O homem era o
último a ter o coração queimando numa noite fria na av. Major Amarante. Os pés
gelados, as mãos frias e os passos sem pressa atiçavam o homem a conhecer o
despercebido. A Biblioteca pareceu lhe sorrir. Onde estão os outros?
sábado, 18 de maio de 2013
AMANHÃ, NO CAFÉ ?!?
FOTO: REPRODUÇÃO.
Em meio a gritos e sons de pisadas, alguém disse: AMANHÃ, NO CAFÉ? As
crianças continuaram com suas algazarras, gritando, correndo e batendo os pés.
O salão estava cheio. As senhoras conversavam, todas ao mesmo tempo. Num canto
do salão, os homens falavam, um de cada vez. As crianças corriam de um lado a
outro com brincadeiras que eu não sei o que significavam. Já fui criança. As
brincadeiras de outrora também não significavam nada. Hoje significam, há, nas
lembranças, saudades. O homem de terno preto dirigia-se a cada homem e
reforçava o convite.
— Amanhã, no Café! – Depois que dizia, seguia em direção aos outros.
Novato no grupo, meus ouvidos me instigavam. O quê haverá nesse Café? Desde que
eu chegara ali, o homem de terno anunciava. Perdi o brilho da cerimônia, algo
no Café, mas o quê? Meu amigo celebrava bodas de ouro. Não se encontra mais
Alfredo e está cada vez mais raro celebrar bodas de ouro. Alfredo era popular
na cidade, a comida era de graça, daí, o salão cheio.
O homem de terno veio em minha direção, esperei o convite, ele passou por
mim, colocou a mão sobre o ombro de um senhor calvo e...
— Amanhã, no Café.
— Não. Amanhã não posso ir.
— Mas estava combinado...
— Sim, mas houve um imprevisto.
— Nossa! Eu contava com a sua presença lá.
— Eu sei, mas houve um imprevisto.
— Como assim, um imprevisto?
— Não posso dizer.
— Mas estava tudo certo...
— Olha, não vai dar pra ir, ok? – Falou o homem calvo, já sem paciência,
atiçando a minha indiscrição.
— Tudo bem, mas estava tudo acertado. – O homem de terno se afastou e,
cabisbaixo, continuou a sua missão. O que vai haver no Café? A minha
curiosidade clamava. Depois de cantarem os parabéns, o meu amigo Alfredo
esperou a Rosa Maria – sua filha primeira – terminar a canção que ela compusera
e tocava ao piano. Após o discurso do Alfredo, o homem de terno preto exorou
uma oportunidade, se apossou do microfone e, quando todos esperavam uma
homenagem, disparou:
— Pessoal, amanhã no Café. – Imaginei mil coisas que agradam um homem,
mil e uma era aquela, no Café. Quando a sala se esvaziou, com o desejo de
conhecer o Café, questionei o Alfredo, na intenção de que pudesse ser
convidado. O meu amigo sorriu, percebendo meus anseios indiscretos.
— Amanhã não vou. Não posso mais fumar nem beber e jogar truco: a minha
esposa inflama.
Não era para mim um agradável programa de domingo, mas era tão poético,
“Amanhã, no Café”.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
VILHENA, E OS OUTROS?
foto reprodução:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=309054529228424&set=o.168260719944295&type=1&theater
Estava frio. O homem insistia em ser o último a mudar os passos pela rua.
Os planos eram leves, pesados eram os sonhos. Olhava os prédios renascendo, as
esperanças lhe acendiam a vida. A convivência? Morria como morre o tempo. No
minuto em que se nasce começa-se a morrer. O seu coração recortava as paisagens
poucas de uma rua que estava dentro dele. Daí a vida. O que fazer com ela? Ao
mesmo tempo em que se deixava diluir por lembranças que nem eram tão distantes,
ajuntava os pedaços do retrato de uma via que jamais passaria pelo tempo sem
deixar uma estrada dentro de si. O homem ultrapassava os postes, nos passos, os
movimentos de quem não tinha pressa. Perdia-se observando os prédios nascendo
em lugares sem planos. A contramão da rua alta, a caminhada certa na rua baixa,
o contraste o levava para casa. Como chegaria o homem? Nem tão alongado o
tempo, era um menino. Menino como a menina rua que lhe encanta os olhos e enche
de orgulho. A sua origem. Agora tem cores verdes, cores amarelas, cores
vermelhas, cores verdes que o permitem chegar. Tem prédios altos, prédios
baixos, construídos e construindo, como o homem e o tempo. Somos construídos
aos poucos, estamos sempre necessitando reformas. Nascendo como nascem os dias
em busca do sol. De esquinas inesperadas surgem pessoas, que passam sem
conhecer a rua que os pés tocam. O frio propõe o silêncio calvo de uma noite em
que a rua conversa com o homem. A rua espicaça o olhar do moço numa noite fria.
Respingam das paredes as luzes que o fazem sorrir. Na praça. As névoas pintaram
descidas para um passeio. O olhar do homem semelhou passear com elas. Estava
frio. Os pés gelados, as mãos frias empurrando uma bicicleta. O homem era o
último a ter o coração queimando numa noite fria na av. Major Amarante. Os pés
gelados, as mãos frias e os passos sem pressa atiçavam o homem a conhecer o
despercebido. A Biblioteca pareceu lhe sorrir. Onde estão os outros?
sábado, 4 de maio de 2013
quinta-feira, 2 de maio de 2013
SINOPSE - DEPOIS DE ONTEM.... UM NOVO AMANHECER.
Allan é um músico que se perdeu de rumo em meio ao turbilhão do sucesso e se encontra estacionado na pequena cidade de Maresia. Em meio a reflexões sobre si e procurando nos livros as respostas para seus fantasmas do passado, ele se depara com um livro que mudará sua vida e suas perspectivas. Ao mesmo tempo, uma misteriosa mulher chamada Jade lhe oferece uma amizade profunda. Mas Allan quer mais. Mesmo depois de terem iniciado um relacionamento, os passados de ambos trazem à tona dificuldades de entrega que colocam o amor que sentem
quarta-feira, 1 de maio de 2013
DEPOIS DE ONTEM... UM NOVO AMANHECER
Quando o passado impede que você tenha planos, e que o presente significa
viver mais, pois, o amanhã chegará mesmo que você não anseie por ele, é melhor
deixar os ontens no ontem. Sonhe, viva, pense... DEPOIS DE ONTEM... UM NOVO AMANHECER
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