VÔOS DV
terça-feira, 30 de setembro de 2014
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
POESIAS E AMIGOS - VÔOS DA ALMA
Quero uma noite de céu claro
Um rio feito de águas quentes
Um canto de pássaro raro
Quero um sorriso contente
A lua com um lindo riso
De poesia completa
A brisa com toques precisos
No coração dos poetas
Viajar no colo do vento
Para um mundo cheio de cor
Como se minhas asas de remendo
Fossem leves como de um beija-flor
O tempo bem devagar
Acalmando as horas, os segundos...
passeando na pressa do olhar
Disperso do mundo
E tento dizer em versos
O universo dos sonhos meus
Mas o mundo é tão complexo
Que meu verso se perdeu
Se perdeu pra ser achado
Nos instantes do viver
São sentidos, proclamados
Nos labirintos do ser.
(NLC e Nil Cruz)
♥...♫
sábado, 27 de setembro de 2014
SE EU TIVESSE VOCÊ
SE EU TIVESSE VOCÊ...
Pergunto
o que houve, recebo um meneio de cabeça. Nada. O vazio se explica com um gesto.
O não e o sim são uma cruz. Por que nos gestos o sim é vertical e o não é na
horizontal? Pergunto novamente, recebo outro meneio. Leve, mais longo e firme.
As perguntas roendo a convicção e o tempo pressionando, quase dizendo: corre,
porque se fosse eu, voava atrás. Pergunto se sei correr, os meneios divergem.
Insisto, então, sei voar? Como um pêndulo de um antigo relógio, leio os
meneios. Alheio a minha aceitação. As perguntas acabam, surgem então as
respostas. Elas são muitas, mas não respondem. A sabedoria nos deixa sozinhos
quando precisamos dela. Ao insistirmos, se esconde, acho que para fortalecer um
desespero.
Sobram-me os meneios.
A imagem clara me leva sem que eu queira ir. Tenho tempo, tenho escolhas,
tenho buscas, mas tenho distâncias. Qual a distância de um “distante”? Os
meneios se renovam. Prossigo. Tenho planos e preciso me mover, para qualquer
lugar. Mas não quero ir longe, me basta apenas a extensão de um sim.
Tenho distâncias que se asfaltam e
estradas que esburacadas se fundem, mas gosto dos caminhos que se inventam por
querer um sim. Não é nada mais, mas, mais nada é não. Eu vejo pelo coração que
sente.
Levanto a cabeça e com um meneio na
vertical declaro sim. Conversar comigo dói. Faço muitas perguntas.
Caminho em direção à porta sabendo que o tempo se encarregará de
responder sem pressa as minhas indagações de agora. Abro a porta e me deixo ir.
A fim de falar de amor e ouvir as palavras que ela vai me dizer. Se eu tivesse
você, eu não falaria comigo assim quando estivesse só, nem meneava a cabeça na
horizontal, porque amor é isso: não entendemos a gente quando o outro chega.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
O VISÍVEL INVISÍVEL
Eu
só olhei para eles. Acho que bem lá no fundo eles também me olharam, com olhos
que eu não podia ver. Senti ali, pelo instinto que me fez chegar e demorar aos
seus pés, seus olhos invisíveis, carregados de mistérios. Sei que havia gritos
em suas almas e que vozes de sabedoria rasgavam os seus silêncios. Eles se
parecem com os humanos. Têm corpos, têm silêncios e suas palavras são audíveis.
Eles se abrem e se fecham, dependendo de quem se aproxima. Falam apenas quando
são procurados. São discretos.
Nossos silêncios conversavam
enquanto nos admiravam.
Como quem chega cheio de anseios,
ergui a cabeça e contemplei-os. Estendi as mãos e ameacei tocá-los. Eles
pareceram sorrir, mas quem riu foi o meu coração. Há quanto tempo estavam ali?
Será que conversavam entre eles e falavam de mim? Tenho uma leve sensação que
mencionam o meu nome quando a semana passa num gotejar de tempo. Sei que demoro
vê-los, quase não apareço, mas o meu coração procura por eles instintivamente.
O Eu que sou hoje foi modelado pela sabedoria dos seus dizeres.
Estavam na estante. Pensei folheá-los, cheirá-los... Sentir sua textura.
Tem gente que gosta de cheirá-los quando estão novos, outros preferem um cheiro
velho, eu prefiro amar seus cheiros em todos os tempos. Os homens nascem livres
para tantos desejos, visitar livros é o meu maior gosto. Eu estava ali com o
coração estendido a eles, no intento de tocá-los, com toques demorados, um por
vez, mas no meio de tantos anseios, eu só olhei para eles, com demorada visão.
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Capa do livro PARA LER ENQUANTO ESPERA
ESTA É A CAPA DO MEU NOVO LIVRO
PARA LER
ENQUANTO ESPERA, um livro de
crônicas e contos. Com textos curtos, reflexivos e de fácil leitura, o livro
apresenta diversidade de assuntos, talvez despercebido do nosso cotidiano. Em
textos como, "Quem espera sempre alcança” e “Por que temos um nome?",
o autor traz uma dose de humor que contribui com a heterogeneidade dos temas
abordados no livro. O conto “18 anos”, um suspense baseado em fatos reais, e o
conto romântico e de ficção "O rio que passava entre nós", oferecem
aos leitores o prazer da leitura e a reflexão. No valor que Adélia Prado afirma
que: "Todo texto precisa apresentar poesia, pois poesia é o que enfeita a
literatura", os textos aqui apresentados foram escritos com sentimento e
fala de poeta. Cabe ao leitor, mergulhar nestas páginas e, enquanto espera por
algo em algum lugar, que possa desfrutar de uma ótima leitura.
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
EUTEXIA
EUTEXIA
Recorto
Recorto
Recorto
Recordo
Dobro
Desdobro
O dobro
Dobrado
Da dobra
Emendo
Estendo
Recomendo
As recordações
As situações
As aptidões
E o instinto
Sinto
Minto
Finto
As divagações.
O corpo
Louco
Com pouco
Tempo
Pra ter tempo
Mas repito
Mas repito
Repito
Até que se ouça
O grito
De um sentimento
Que no momento
Não cabe
Em si mesmo.
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