PARA LER ENQUANTO ESPERA, um livro de crônicas e contos. Com textos curtos, reflexivos e de fácil leitura, o livro apresenta diversidade de assuntos, talvez despercebido do nosso cotidiano. Em textos como, "Quem espera sempre alcança” e “Por que temos um nome?", o autor traz uma dose de humor que contribui com a heterogeneidade dos temas abordados no livro. O conto “18 anos”, um suspense baseado em fatos reais, e o conto romântico e de ficção "O rio que passava entre nós", oferecem aos leitores o prazer da leitura e a reflexão. No valor que Adélia Prado afirma que: "Todo texto precisa apresentar poesia, pois poesia é o que enfeita a literatura", os textos aqui apresentados foram escritos com sentimento e fala de poeta. Cabe ao leitor, mergulhar nestas páginas e, enquanto espera por algo em algum lugar, que possa desfrutar de uma ótima leitura.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
PRO AMOR EU PEÇO SABEDORIA
PRO AMOR EU PEÇO SABEDORIA
Pro amor eu peço sabedoria
Pra entender o
coração
E um pouco mais de
calma
Pra jogar com a
razão
Pro amor eu peço
sabedoria
Pra educar minha
emoção
E ensinar esse
menino
Tão cansado de
ilusão
Quando eu perco a
coragem de dizer
Eu me esbarro em
qualquer verso de canções
Vou no tempo
navegando sem saber
O pouco a pouco do
amor no coração.
♫
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
POESIA E AMIGOS - MUNDO ADOLESCENTE
MUNDO ADOLESCENTE
Conversas informais
Gírias
São ditas a toda hora
Confundindo o mundo adulto
Os códigos
Tiragem, confusão
Eles não entendem
Mais nada
Carinhas querem dizer palavras
Números representam letras
E assim conseguimos
Contar histórias
Sem que os adultos saibam.
Hadriely Moreira Diniz 8ºA
E.M.E.F Angelo Mariano Donadon
Projeto trabalhando com poesia
Sala de atendimento Educacional especializado
sábado, 4 de outubro de 2014
MÁQUINA DE FAZER PÃO
Observei o
Sr. Arlindo conversando com a minha avó. Ele deixou uma caixa em cima da mesa e
avisou, pode instalar e usar quando quiser. Minha avó abriu um sorriso ainda
maior ao que estava estampado no rosto. Minha curiosidade descambou por minha
alma, o que seria? Perguntei e, algumas vezes, ela apenas sorriu.
Fui morar
com a minha avó quando ainda tinha sete anos. Meu pai não sei quem é, a minha
mãe anda por aí sem se lembrar de nós.
Quando as coisas se agravavam, e isso acontecia repetidas vezes, o Sr. Camilo nos bancava emprestando algum dinheiro para comprar comida e também para pagar os meus livros. Quando eu buscava algum trabalho, minha avó dizia que era para terminar os estudos e que menino deve estudar para ser alguém na vida.
A escassez em casa não me privava de ser alguém. Faltavam a nós dinheiro, roupa e comida, mas não nos faltavam coragem de cantar e sorrir. Às vezes sorríamos de coisas bobas. Sivuca, o nosso gato, adorava correr atrás das baratas e isso nos desviava da aflição.
Quando as coisas se agravavam, e isso acontecia repetidas vezes, o Sr. Camilo nos bancava emprestando algum dinheiro para comprar comida e também para pagar os meus livros. Quando eu buscava algum trabalho, minha avó dizia que era para terminar os estudos e que menino deve estudar para ser alguém na vida.
A escassez em casa não me privava de ser alguém. Faltavam a nós dinheiro, roupa e comida, mas não nos faltavam coragem de cantar e sorrir. Às vezes sorríamos de coisas bobas. Sivuca, o nosso gato, adorava correr atrás das baratas e isso nos desviava da aflição.
Naquela
tarde a minha avó recebeu a sua encomenda. Durante um ano ela economizou da sua aposentadoria alguns trocados para realizar o seu sonho. As vizinhas já tinham uma máquina de fazer pão, faltava uma para a minha avó.
Penso que todas as donas de casa daquela região tinham um utensílio daquele. O Sr. Arlindo instalou a máquina na cozinha, e no meu coração, instalou a esperança. Não tínhamos muito que comer, mas tínhamos uma máquina de fazer pão.
Penso que todas as donas de casa daquela região tinham um utensílio daquele. O Sr. Arlindo instalou a máquina na cozinha, e no meu coração, instalou a esperança. Não tínhamos muito que comer, mas tínhamos uma máquina de fazer pão.
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