sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

NINGUÉM LÊ OS MURAIS.


Foto reprodução.
— Estou indo viajar e não posso fazer mais nada.
— Você não nos avisou.
— Mas estava escrito.
— Não, não. Escutei alguém falando, mas você não comunicou a ninguém.
— Não tinha tempo para sair de um a um.
— Por que não usou o celular?
— Não tinha créditos.
— Justo agora?!
— Sim. Os celulares são assim: quando você precisa, não dá torre ou não tem créditos e tem uma operadora que está sempre no escuro.
— E aí? Devia ter postado no Facebook, né?
— Fiz isso, mas às coisas sérias ninguém dá importância.
— É. – Refletiu. – O que é bizarro é mais visto, mas bem que podia ter postado alguma coisa...
— Eu postei.
— Mas como?! Eu não vi nada. – Disse alongando o eu e abrindo os braços.
— Deixa pra lá... Falando nisso, postaram algo sobre a namorada do Fredy.
— Não era a namorada do Fredy, era a namorada do Neymar.
— Estão detonando o Malafaia.
— Você quer dizer, o Feliciano?
— Tanto faz. Você acabou de revelar que não averiguou o comunicado entre essas duas postagens. Era o mesmo que estava escrito nos murais da universidade: REPOSITIVA DIA 17/06/2011.
— E agora?! O que o senhor poderá fazer por nós, professor?!
— Dar um conselho: Leiam os murais.