Faz
um ano, eu sei. Passou de repente. Como um pulsar de olhos. Começou no sim de
um sorriso gráfico e as palavras cintilaram, conectando pronomes, abrigando a
terceira pessoal do plural.
Como
assim, faz um ano?!
O
tempo só carece da matemática quando há distâncias. O agradável conectado, esconde
o tempo. Ninguém se aquieta para contar o tempo que se preenche com sorrisos,
que se entrega no encanto ou na carícia das palavras.
Dois
nomes, meio árabes, compõe a nossa celebração:
A mi e Z ade.
Palavra
latina, escolhida para ser vinte de julho. Guarda o “A” princípio e o “Z” derradeiro
do alfabeto. Separadas em sílabas, juntas no som. Enarmônicas, aqui elegida. A
gente teme perder. Palavra que alarga os sorrisos, alegra o cotidiano, ilumina
o respeito. Ela permite risos bobos, mas recusa brincadeiras tolas.
Um
ano de coisas tantas e palavras muitas. Começou num toque de dedos. Num avistar
de tela e escritas desortográficas. Os olhos liam, o pensamento via e o coração,
depósito do olhar e sentir, guardava sorrindo nossas cismas. Faz um ano, sim. Nem
sentimos o de repente dos meses mudando as estações.
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