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ORIGEM DOS NOMES DAS NOTAS
Imagem de Guido d'Arezzo
O nome das notas (DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI) tem a sua origem na música coral medieval. Foi Guido d'Arezzo, um monge italiano, que criou este sistema de nomear as notas musicais - o chamado sistema
de solmização.
Seis das sílabas foram tiradas das primeiras seis frases do texto de um hino a SÃO JOÃO, em que cada
frase era cantada um grau acima na escala, ou seja (Tom) uma tonalidade a mais.
As frases iniciais do texto, escrito por Paolo Diácono, eram:
Ut queant laxis,
Resonare fibris,
Mira gestorum,
Famuli tuorum,
Solve polluti,
Labii reatum.
Tradução:
"Para que os teus servos possam cantar as maravilhas dos teus actos
admiráveis, absolve as faltas dos seus lábios impuros".
Mais tarde ut foi substituído por do,
sugestão feita por Giovanni Battista
Doni, um músico italiano que
achava a sílaba incômoda para o solfejo, e foi adicionada a sílaba si,
como abreviação de "Sante Iohannes"
("São João"). A sílaba sol chegou a ser mais tarde encurtada para so,
para uniformizar todas as sílabas de modo a terminarem todas por uma vogal, mas
a mudança logo foi revertida.
As sílabas: ut, ré,
mi, fá, sol e lá, chamadas vozes, não correspondiam a alturas absolutas na escala, mas apenas a graus num hexacorde. A altura das
notas era designada por letras de A a G.
A partir de um trecho escrito num modo eclesiástico qualquer, podia-se
transpô-lo de uma quarta, quinta ou oitava, sem modificar
nenhuma das vozes sobre as quais o trecho seria cantado. Uma sequência ré-mi-fá transposta de uma quarta
continuava a ser considerada ré-mi-fa, na
solmização, e não sol-lá-si bemol como no sistema atual, embora fosse designada
por G-A-B♭ em vez de D-E-F.
Mais tarde, nos países latinos, adotou-se a designação "dó ré mi fá sol lá si" para
representar "C D E F G A B".
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nota