domingo, 14 de dezembro de 2014

O POETA E O AMOR


O POETA E O AMOR

Eu, não nasci pro amor,
Nasci pra ser poeta.
Poeta sonha
Poeta imagina
Poeta escreve
E até ensina,
Ser feliz na dor.
Eu, descobri,
 Que nesse coração sem cor,
Uma estrada passa,
Trazendo pessoas.
Trazendo o tempo.
E veio nele um dizer
Que me fez saber:
Eu, não nasci pro amor,
Nasci pra ser poeta.
Poeta ama palavras
Poeta ama as rimas
Poeta ama amar
Poeta ama a imaginação.
Imaginar me faz entender:
Eu, não nasci pro amor,
Nasci pra ser poeta.
Poeta é adulto
Poeta é menino
Poeta é homem
Poeta é inconstância
E fascinação.
Poeta mora nas intermitências do nada
Poeta sonha sem data marcada
Poeta, vive nas minúcias do tudo,
Eu, contudo
Aprendo
Me entendo
Desentendo
Me estendo
Sabendo:
Eu, não nasci pro amor,
Nasci pra ser poeta.
Poeta é fingidor
Poeta é Pessoa
Que nessa vida, soa
Como uma passagem secreta,
Eu não nasci pro amor,
Nasci pra ser poeta.

 ♫
     

QUINTAIS


QUINTAIS 
 
Tanto faz
Eu tenho um tanto faz
Para o que eu não sei viver.
♫  ♫
Tudo bem
Eu tenho um tudo bem
É um jeito de aceitar
Já não importo mais
O encanto esmorece
E eu procuro palavras
No som de um tanto faz
Eu me importo mais
Com o som dos sentimentos
Com o olhar que vem de dentro
E com as flores nos quintais.