... Chega um tempo em que a gente faz parte de alguma
coisa; de algum instante; de algum momento; de alguma alegria; de alguma
tristeza; de algum sorriso; de algum abraço; de algum aperto de mão; de alguma
razão.
... E chega um tempo em que alguma coisa, algum instante,
algum momento, alguma alegria, alguma tristeza, algum sorriso, algum abraço,
algum aperto de mão, alguma razão, faz parte da gente.
... Chega um tempo em que a gente quer correr sem rumo;
fazer perguntas sem precisar de respostas; responder sem ser necessário
perguntas; não perguntar; não responder; mas ter interesse na explicação.
... E chega um tempo em que não queremos explicar nada;
nem entender o que pecisa ser explicado.
... Chega um tempo em que ansiamos ser grandes, porque
nos cansamos de ser meninos; chega um tempo em que desejamos ser meninos, porque nos cansamos de ser grandes; chega um tempo em que persistimos no médio,
porque menino ou adulto, tanto faz.
... Chega um tempo em que fazemos parte do
tempo, apenas porque não podemos escolher; nem desviar da escolha do tempo.
... Chega um tempo em que precisamos ser tudo, mas fazer
parte apenas do que vale a pena.
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